COPERSUCAR - FITTIPALDI

COPERSUCAR - FITTIPALDI
Escuderia Fittipaldi, também conhecida como: Copersucar-Fittipaldi, Skol-Fittipaldi ou Fittipaldi Automotive, foi uma escuderia de Fórmula 1 brasileira fundada em 1975 pelos irmãos Emerson e Wilson Fittipaldi Jr. (não confundir com Wilson Fittipaldi, o "Barão", que chegou a cortar a ajuda financeira aos filhos para tentar desencorajá-los da ideia). Competiu num total de 104 grandes prêmios. Sua estreia ocorreu no GP da Argentina de 1975, com Wilson Fittipaldi Jr. Após trinta anos de sua apresentação oficial em Brasília, em 16 de outubro de 1974, o modelo FD01, o Copersucar pilotado por Wilson Fittipaldi Jr. - primeiro carro brasileiro a disputar uma prova de Fórmula 1 - voltou em 10 de novembro de 2004 à pista do Autódromo de Interlagos, totalmente restaurado.
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Sua estreia ocorreu no GP da Argentina de 1975,
 com Wilson Fittipaldi Jr.

Início 
No começo Wilson Fittipaldi Jr. queria fundar a primeira equipe sul-americana na Fórmula 1 e conseguiu após aproximadamente um ano de trabalho, tendo seu bólido projetado pelo brasileiro Ricardo Divila, o FD01. Em 1980 visando internacionalizar a equipe e após o fracasso do modelo F6/F6A, os Fittipaldi compram a Wolf, equipe que disputava o Campeonato de F1 e pertencia ao milionário canadense Walter Wolf.
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Na temporada de 1980, por exemplo,
 o time brasileiro terminou o campeonato em 8º lugar
 com 11 pontos enquanto que a Ferrari ficou em 10º lugar 
Críticas e falta de apoio no país
Na sua história, a Copersucar-Fittipaldi teve diversos pilotos como Ingo Hoffmann, Chico Serra e até ajudou a formar um campeão mundial, o finlandês Keke Rosberg, que defendeu a equipe em 1980 e 1981. "As pessoas diziam que o carro era muito fraquinho, que F-1 no Brasil era uma piada e que a equipe não servia para nada.
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E a equipe foi perdendo seus patrocinadores", explica Luciano Pires, diretor de Comunicação Corporativa da Dana, fabricante de autopeças, responsável pela restauração do FD01, primeiro modelo da equipe, vários anos após o encerramento da equipe. A equipe fechou em 1982 de uma forma melancólica. Os irmãos Fittipaldi deixaram os carros de lado e não quiseram mais mexer.
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Projeto de restauração do FD01 
O modelo FD01 ficou guardando em um galpão na fazenda da família em Araraquara, interior de São Paulo. Além de deixarem a equipe de lado, restou uma dívida de 7 milhões de dólares. "Mas o que mais nos magoou foi o fato de falarem da nossa equipe como um motivo de vergonha porque nunca vencemos uma prova", disse Wilson. Projeto de restauração do FD01 Em 2002, a Dana iniciou um projeto para recuperar alguns ícones da ‘mobilidade’, como o monomotor Jaú, primeiro avião que atravessou o Atlântico. Assim, surgiu a ideia para recuperar o FD01. "Fomos atrás do Wilson, montamos uma equipe interna de quatro pessoas e o mesmo grupo que ajudou na fabricação do primeiro Copersucar", conta Luciano Pires, da Dana. Para recuperação, foram gastos 80 mil dólares. No início de 2004, foi realizado um trabalho árduo na busca de peças. Foram à Inglaterra, Alemanha e outros países.
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 o Copersucar pilotado por Wilson Fittipaldi Jr.
primeiro carro brasileiro a disputar uma prova de Fórmula 1
"Tivemos de adaptar algumas coisas, como componentes de segurança que não duram trinta anos, os pneus (um pouco menores que os originais)", explicou Wilson. Christian Fittipaldi, filho de Wilson, foi prestigiar o pai em Interlagos: "Não lembro do primeiro modelo. Tinha apenas três anos. Mas tenho uma foto em que estou empurrando a roda traseira, do Fittipaldi número 3, em 1976", falou Christian. E matou a vontade do pai e deu uma volta com o carro. "Ele está que nem uma criança, como se estivesse me dando um brinquedo novo. Esse brinquedo faz parte da história da vida dele", disse.
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Em 1980 Fittipaldi ficou à frente da Ferrari
Aos que teimam em lembrar da Copersucar, depois Fittipaldi, como um capítulo risível da história da F-1, alguns números são esclarecedores. Na temporada de 1980, por exemplo, o time brasileiro terminou o campeonato em 8º lugar com 11 pontos enquanto que a Ferrari ficou em 10º lugar e apenas 8 pontos. Dois anos antes, a equipe ficou na frente de McLaren, Williams, Renault e Arrows no Mundial de Construtores. E Emerson Fittipaldi, que juntou-se à Copersucar em 1976, marcou um ponto a menos que o canadense Gilles Villeneuve, da Ferrari.
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Foram três pódios, o mais comemorado deles em 1978,
o 2º lugar de Emerson no Rio de Janeiro com o modelo F5A. 
Nas oito temporadas que disputou, a Copersucar-Fittipaldi acumulou 44 pontos em 104 GPs. Foram três pódios, o mais comemorado deles em 1978, o 2º lugar de Emerson no Rio de Janeiro com o modelo F5A. Nenhuma vitória, mas dezenove presenças nos pontos, numa época em que apenas os seis primeiros pontuavam. Para comparar: a Jaguar encerrou suas atividades em 2004 com 49 pontos e dois pódios em 85 GPs. Era a equipe oficial da Ford. A Prost somou 35 pontos em 83 corridas, também com três pódios. A Sauber, em 206 largadas, conseguiu apenas seis pódios. Pelos padrões vigentes, pois, a Copersucar-Fittipaldi, hoje, se mantivesse o mesmo desempenho de sua época, estaria ranqueada facilmente entre as chamadas equipes intermediárias.
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Nos seus oito anos de vida, a Copersucar-Fittipaldi teve na sua folha de pagamento, além do bicampeão Emerson, o projetista Adrian Newey, hoje na Red Bull e com passagens na Williams e McLaren, Keke Rosberg, que seria campeão pela Williams em 1982, Harvey Postlethwaite, projetista que depois trabalhou na Ferrari e na Tyrrell, e Jo Ramirez, uma espécie de faz-tudo que teve papel importante na logística da McLaren nos anos 80 e 90.
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O FD01, restaurado pela Dana, gigante multinacional de autopeças e sistemas automotivos, poderá participar do Festival de Goodwood, na Inglaterra, em um futuro próximo. É a mais importante exibição de carros clássicos de corrida do mundo. A empresa também restaurou o FD04, primeiro carro da equipe pilotado por Emerson.
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Melhores resultados
Segundo lugar de Emerson Fittipaldi no Grande Prêmio do Brasil de 1978 e dois terceiros lugares: Keke Rosberg no GP da Argentina e Emerson Fittipaldi no GP do Oeste dos Estados Unidos, ambos na temporada de 1980.

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