Se há um exemplo que comprova o valor de ouvir seus
consumidores antes de fabricar um novo produto, este exemplo
é a maionese Maionegg’s. Lançada pela Sanbra (Sociedade
Algodoeira do Nordeste Brasileiro) em 1976, inicialmente apenas
em Brasília, como mercado-teste, a nova maionese não demorou
para conquistar o consumidor brasiliense, depois os sulistas, depois
os paulistas, depois os fluminenses e por fim o País inteiro. Não
foi apenas a qualidade da maionese em si que a colocou na briga
entre as principais marcas do segmento em tão pouco tempo
(cerca de duas décadas mais tarde, ela encerraria sua trajetória
como vice-líder do mercado nacional de maioneses).
Foi, também
e principalmente, uma embalagem pioneira o que conquistou as
donas de casas. As mesmas que, em extensivas pesquisas de opinião
antes do lançamento de Maionegg’s, haviam alertado a Sanbra
para uma insatisfação comum relacionada à concorrência, com a
qual até então nenhum fabricante havia se preocupado: dado o
formato tradicional dos potes de maionese no mercado, não havia
como tirar maionese do pote sem sujar o cabo dos talheres. Surgia,
então, com a Maionegg’s, o pote boca-larga. Um pote de vidro,
mais gordo e menor que os demais, de boca suficientemente ampla
para a retirada da maionese sem sujeira e sem dificuldade. Além
disso, o pote apresentava tampa plástica de rosca, que não produzia
ferrugem (comum em outras marcas do mercado, com tampa de
aço), enquanto um disco de vedação de alumínio evitava a entrada
de oxigênio antes de aberto o produto. Não foi por acaso, portanto,
que a qualidade superior – por dentro e por fora – de Maionegg’s foi
logo reconhecida pelo consumidor brasileiro. A “única maionese com
nome de maionese” era realmente única, provando que “nem toda
maionese era igual”.
FONTE:http://www.fundacaobunge.org.br/acervocmb/assets/historicos/Caderno_de_Pesquisa_Maioneggs.pdf
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