PANTANAL - Será para sempre lembrada como a que bateu a audiência da Rede Globo.

PANTANAL
Pantanal é uma telenovela brasileira produzida pela extinta Rede Manchete e exibida originalmente às 21:30, de 27 de março a 10 de dezembro de 1990, em 216 capítulos, substituindo Kananga do Japão e sendo substituída por A História de Ana Raio e Zé Trovão.
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Foi escrita por Benedito Ruy Barbosa e dirigida por Jayme Monjardim, Carlos Magalhães, Marcelo de Barreto e Roberto Naar. A trama apresentou Claudio Marzo, Marcos Winter, Jussara Freire, Antonio Petrin, Luciene Adami, Marcos Palmeira, Paulo Gorgulho, Sérgio Reis, Almir Sater, Angelo Antonio, Cássia Kis Magro e Cristiana Oliveira nos papéis principais. Em 2016, a revista Veja elegeu Pantanal como a quarta "Melhor Telenovela Brasileira" de todos os tempos, ficando atrás apenas de Roque Santeiro (1985), que ficou na terceira posição, e de Vale Tudo (1988) e Avenida Brasil (2012), que ficaram empatadas em primeiro lugar.
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Enredo

A novela conta a história de José Leôncio, um peão de comitiva que chegou com o Pai Joventino ao Pantanal, onde compraram uma fazenda e começaram a criar gado de corte. José Leôncio e seu pai caçavam marruás, um tipo de boi selvagem que vivia solto pelas matas da região, aumentando, assim, o rebanho na fazenda. Um certo dia, Zé Leôncio viajou com os peões em comitiva e pediu para que seu pai não fosse caçar marruá sozinho. Entretanto, o velho Joventino acabou indo caçar e desapareceu na imensidão do Pantanal. Zé Leôncio voltou de viagem e procurou pelo pai sem sucesso. Nesse dia, ele prometeu que ia trazer um marruá no laço todos os dias, só para ter a esperança de encontrar o pai.
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Passado algum tempo, Zé Leôncio se tornou um fazendeiro rico e foi para o Rio de Janeiro cobrar uma dívida, onde conheceu e se apaixonou por uma jovem fútil e mimada, de nome Madeleine. A família de Madeleine era da classe alta carioca, porém seu pai era viciado em jogo, acabando aos poucos com o status da família, e os deixando perto da falência. Antero, pai de Madeleine, aceita que José Leôncio se case com sua filha, recebendo, dele, um bom dinheiro para tentar resgatar o status da família. Ele a leva para o Pantanal e a engravida. Mulher da cidade grande, Madeleine não se adapta ao mundo rural, à rude vida pantaneira e à rotina de peão do marido. Durante uma das viagens de Zé Leôncio em comitiva, levando gado para a venda, ela foge com o amigo Gustavo que vai buscá-la no Pantanal e o filho de poucos dias, para a cidade do Rio de Janeiro.
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Amargurado, Zé Leôncio tenta em vão recuperar o menino, que acabara de nascer, mas acaba concordando em deixá-lo com a mãe na cidade grande. Passa a viver então com Filó, sua empregada, que já tinha um filho, Tadeu. Ele reconhece Tadeu como seu afilhado considerando ele seu filho. Vinte anos depois, o filho legítimo, Jove (Joventino), finalmente decide ir conhecer o pai. Mas o choque cultural é grande e os dois têm sérias dificuldades para se entender. Sentindo-se rejeitado pelo pai, que acha que o filho é afeminado, e ridicularizado pelos peões por causa de seu jeito de moço da cidade, Joventino decide retornar ao Rio, mas leva, consigo, Juma Marruá, moça criada como selvagem pela mãe até a morte desta, assassinada por encomenda numa trama paralela de vingança entre posseiros de terras e vítimas de grilagem, fatos esses ocorridos no início da novela na cidade de Sarandi, no estado do Paraná.
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Tal como a mãe, comenta-se no Pantanal que Juma se transforma em onça-pintada. Passado um tempo no Rio, onde o choque cultural é agora sofrido por Juma, Joventino retorna ao Pantanal para não ter que se separar de sua "onça" amada. Desta vez, ele está disposto a se adaptar ao estilo de vida local. Joventino começa a se acertar com o pai e com Juma e vai se transformando num autêntico peão pantaneiro, surpreendendo a todos continuamente.
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A história tem ainda um lado sobrenatural, baseado no fascinante folclore da região Pantaneira: os principais personagens, com exceção de José Leôncio, frequentemente se deparam com uma figura conhecida como "O Velho do Rio", um curandeiro idoso que cuida das pessoas atacadas pela jararaca boca-de-sapo, uma cobra venenosa, ou que simplesmente se perdem na extensão do Pantanal.
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Todos comentam que o Velho do Rio é o Pai de todas as sucuris, que ele se transforma em sucuri, também sendo ele a maior de todas. O povo acredita que O Velho do Rio se trate do pai de José Leôncio, o desaparecido peão Joventino, de quem o neto Joventino, herdou o nome. Além do Velho do Rio e da história de Juma Marruá como onça-pintada, uma terceira trama sobrenatural enriquece a novela: a figura do misterioso peão Trindade, que teria um pacto com o diabo, ou seria ele próprio a encarnação do diabo.
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No decorrer da trama, José Leôncio descobre a existência de um terceiro filho seu, na verdade o primeiro dos três: José Lucas de Nada, fruto do primeiro relacionamento sexual dele com a prostituta Generosa, em um prostíbulo de Goiás para o qual fora levado pelo pai ao completar quinze anos de idade a fim de "mostrar que era macho". O sobrenome de José Lucas era De Nada, pois o mesmo não tinha pai para lhe dar um sobrenome. Assim que Zé Leôncio o reconheceu como filho, ele passou a ser chamar José Lucas Leôncio. A saga da família Leôncio inclui, finalmente, o complicado relacionamento com o fazendeiro vizinho, Tenório, cujo passado como grileiro de terras o liga às tragédias familiares de Juma e seus pais, bem como de outros peões e agregados tanto da fazenda de José Leôncio, como da do próprio Tenório. O mau-caratismo deste e sua inclinação a vinganças covardes colocarão em risco em diversas circunstâncias a família de José Leôncio. Por sua vez, Tenório também estará na mira de forasteiros que vieram de longe em busca de vingança contra o homem que destruiu a vida e os bens de seus pais.

Elenco

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CLÁUDIO MARZO – José Leôncio / Velho do Rio (Joventino)
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MARCOS WINTER – Jove (Joventino neto)
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CRISTIANA OLIVEIRA – Juma Marruá
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JUSSARA FREIRE – Filó
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MARCOS PALMEIRA – Tadeu
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PAULO GORGULHO – Zé Lucas de Nada
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ALMIR SATER – Trindade
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SÉRGIO REIS – Tibério
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ELAINE CRISTINA – Irma
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ÍTALA NANDI – Madeleine
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NATHÁLIA TIMBERG – Mariana ANTÔNIO PETRIN – Tenório ÂNGELA LEAL – Maria Bruaca LUCIENE ADAMI – Guta TARCÍSIO FILHO – Marcelo ROSAMARIA MURTINHO – Zuleica GIOVANNA GOLD – Zefa ÂNGELO ANTÔNIO – Alcides ANDRÉA RICHA – Muda (Maria Ruth) JOSÉ DE ABREU – Gustavo FLÁVIA MONTEIRO – Nalvinha RÔMULO ARANTES – Levi GISELA REIMAN – Érica ERNESTO PICCOLO – Renato EDUARDO CARDOSO – Roberto JOÃO ALBERTO – Zaqueu LANA FRANCIS – Teca GLÁUCIA RODRIGUES – Matilde 1ª fase PAULO GORGULHO – José Leôncio (jovem) TÂNIA ALVES – Filó CÁSSIA KISS – Maria Marruá JOSÉ DUMONT – Gil SÉRGIO BRITTO – Antero INGRA LIBERATO – Madeleine CAROLINA FERRAZ – Irma EWERTON DE CASTRO – Quim MARCOS CARUSO – Tião LUIZ ARMANDO QUEIROZ – empresário carioca OSWALDO LOUREIRO – Chico GEISA GAMA – Rosa (mulher de Chico) IVAN DE ALMEIDA – Orlando KITO JUNQUEIRA – pistoleiro WÁLTER SANTOS – pistoleiro ENRIQUE DIAZ – Francisco (filho de Gil e Maria) ALEXANDRE LIPIANI – Raimundo (filho de Gil e Maria) HAROLDO COSTA – Padre Antônio ANTÔNIO GONZALEZ – Bruno FÁTIMA FREIRE – prostituta KÁTIA D´ANGELO – Generosa (prostituta que inicia José Leôncio) TOTIA MEIRELES – vedete JAIRO LOURENÇO – Otávio (amigo de Madeleine) SILVIO POZATTO – Rúbem (amigo de Madeleine) ANDRÉA CAVALCANTI – amiga de Madeleine ALEXANDRE MARQUES – garçom no restaurante onde Zé Leôncio e Madeleine se conhecem PAULO VINÍCIUS – José Leôncio (jovem) THIAGO FROTA – Joventino (menino) RENAN ITABORAHY CABIZUCA – Joventino (criança) e ANTÔNIO PITANGA – Túlio BUZA FERRAZ – Grego CARLOS GREGÓRIO CLEMENTE VISCAÍNO FAUSTO FERRARI – Teodoro FLORA GENY – Ana GIUSEPPE ORISTÂNIO – paraquedista JECE VALADÃO JITMAN VIBRANOVSKY JOFRE SOARES – Padre JÚLIO LEVY LUIZ HENRIQUE SANT’AGOSTINHO – Ari MARCUS VINÍCIUS – Expedito MAURÍCIO DO VALLE PAULO BARBOSA ROSE ABDALLA – Myrian RUBENS CORRÊA – Ibrahim Chaguri SÉRGIO MAMBERTI – Dr. Arnour VALÉRIA SEABRA XANDÓ BATISTA – Padre ZAIRA ZAMBELLI – prostituta
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Impacto na televisão brasileira

Pelo público, a telenovela será para sempre lembrada como a que bateu a audiência da Rede Globo. Seu sucesso foi estrondoso, ao ponto de a emissora de Roberto Marinho esticar a novela das oito (então Rainha da Sucata, de Sílvio de Abreu) para que os telespectadores não mudassem de canal, e lançar uma novela com os maiores nomes da casa (Araponga) para competir no mesmo horário, cancelando boa parte da linha de shows, tirando do ar programas consagrados como o TV Pirata.
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Pantanal também foi a primeira telenovela não global, desde a falência da TV Tupi, - única emissora até então a superar a Globo com várias novelas ao longo dos anos 1970 - , em 1990, que conseguiu ultrapassar frequentemente a marca de 50 pontos de audiência, muito além do esperado. O que foi uma proeza fora dos domínios da TV Globo ao longo dos anos 1980. E, de quebra, o avassalador sucesso da telenovela rural pôs a emissora de Adolpho Bloch de vez entre as grandes produtoras de telenovelas da América Latina. Todavia, a Rede Manchete nunca mais repetiria tal façanha nos nove anos que lhe restariam de vida. Após dezoito anos, na reexibição de Pantanal pelo SBT, a novela voltou a bater a Rede Globo na audiência. No capítulo de quinta-feira, 3 de julho de 2008, a novela da Manchete exibida pelo SBT chegou a 19 pontos de pico, conquistando a liderança por quinze minutos. Desde este dia, em alguns capítulos, a novela atinge, por alguns minutos, a liderança de audiência e em boa parte do horário de exibição, a vice-liderança em audiência.
FONTE:https://pt.wikipedia.org/wiki/Pantanal_(telenovela)
http://teledramaturgia.com.br/pantanal/

                                          Abertura da Novela Pantanal [Rede Manchete 1990]

                                     Rede Manchete: Chamadas da estreia de Pantanal - 1990

                                               Pantanal - Novela da TV Manchete 1990 (trechos)

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