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Em 1942, foi fundada a Fábrica Nacional de Motores. |
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Em 1960, a FNM lançou-se na produção de um sedã de luxo, o FNM-2000 JK. |
Nesse espírito, o então coronel Antônio Guedes Muniz propôs a construção de uma fábrica de motores aeronáuticos que atenderia à aviação militar e à nascente produção nacional de aviões para uso civil. Muniz foi aos Estados Unidos e fechou um contrato para produzir motores radiais Curtiss-Wright R-975. O dinheiro chegou quando o Brasil entrou na Segunda Guerra Mundial, como parte dos acordos firmados com os EUA.
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Alfa Romeo 2300, um modelo fabricado exclusivamente no Brasil. |
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Com o modelo "cara chata" FNM D-9.500 que a linha de Xerém foi reativada em 1951. |
Getúlio fora deposto e o interesse pela industrialização do Brasil esfriara. O novo presidente, Eurico Gaspar Dutra, mandou suspender a produção de motores. Para salvar a FNM, Muniz (já alçado a brigadeiro) pôs a fábrica para fazer desde peças para máquinas industriais a eletrodomésticos. Em 1947, a estatal teve ações vendidas na bolsa. Só em 1949 é que Xerém encontrou seu rumo: graças a um acordo com a marca italiana Isotta Fraschini, a FNM foi a primeira empresa a fabricar caminhões no Brasil. Estreou com o D-7.300, um modelo bicudinho com motor a diesel e capacidade para 7,5 toneladas de carga. Uns 200 caminhões deste tipo chegaram a ser feitos, mas a Isotta estava em má situação financeira na Europa e interrompeu o envio de peças. O jeito foi encontrar outro fornecedor de tecnologia: a estatal italiana Alfa Romeo.
E foi com o modelo "cara chata" FNM D-9.500 que a linha de Xerém foi reativada em 1951. A nacionalização dos FNM (já chamados pelo povo de "Fenemê") aumentou. Em 1958, foi lançado o modelo D-11.000, também derivado dos Alfa italianos. Era o caminhão pesado e se tornaria lendário em nossas estradas, com seu jeitão bruto e o som inconfundível do motor a diesel de seis cilindros, todo de alumínio. Em 1960, a FNM lançou-se na produção de um sedã de luxo, o FNM-2000 JK. Era o automóvel mais estável e veloz fabricado no Brasil na época, mas também o mais caro. Com o golpe militar, o novo governo fez uma intervenção e, em 1968, a velha parceira Alfa Romeo assumiu o controle da FNM, que continuou a fazer automóveis, caminhões e chassis de ônibus. Em 1972, veio um novo caminhão pesado, o FNM 180.
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Em 1972, veio um novo caminhão pesado, o FNM 180. |
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