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O nome vem do bairro paulistano Bela Vista, no centro, onde uma confeitaria começou a funcionar em 1915, |
Suspiros coloridos, maria-mole, picolé de banana, teta-de-nega e chicletes Balão Mágico. Quem viveu em São Paulo entre as décadas de 1940 e 1980 deve lembrar desses doces e dos furgões verdes com o logo "Bela Vista" que circulavam por aí fazendo a distribuição das guloseimas.
A fábrica paulistana Bela Vista completou cem anos em 2016 e hoje é mais conhecida pelos biscoitos salgados Tuc's. As caminhonetes verdes e os doces que alegraram a infância de muita gente não existem mais.
O nome vem do bairro paulistano Bela Vista, no centro, onde uma confeitaria começou a funcionar em 1915, sob os cuidados do italiano Nicola Infante.
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Em suas carroças, vendedores abasteciam as mercearias e pequenas vendas com caramelos, rapaduras, entre outros doces caseiros produzidos na Bela Vista. |
Em suas carroças, vendedores abasteciam as mercearias e pequenas vendas com caramelos, rapaduras, entre outros doces caseiros produzidos na Bela Vista.
O português Joaquim Maria de Almeida destacou-se entre os vendedores e veio a comprar a fábrica, em 1938, em sociedade com mais dois amigos, por 80 contos de réis. Em 1969, Almeida comprou a parte dos sócios e passou a ser o único dono da empresa.
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A Bela Vista é a única fabricante que se mantém no local até hoje. |
Da Bela Vista para o Canindé
Em 1940, a Bela Vista mudou-se para o bairro do Canindé. Outras fábricas do ramo também seguiriam o mesmo caminho, fazendo com que o local passasse a ser conhecido como "bairro doce".
A Bela Vista é a única fabricante que se mantém no local até hoje. O característico cheiro doce também continua lá e pode ser sentido a vários quarteirões de distância.
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Por volta da década de 1940, a distribuição dos produtos começou a ser feita por furgões verdes Chevrolet ou Mercedes |
Por volta da década de 1940, a distribuição dos produtos começou a ser feita por furgões verdes Chevrolet ou Mercedes, com o logo "Bela Vista". A empresa financiava as caminhonetes e as entregava a vendedores que, pagando com seu trabalho, tornavam-se donos dos automóveis.
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A frota de automóveis verdes funcionou até por volta da década de 1980. |
"Você conhece Minas Gerais? Toma esse furgão e vai lá desbravar esse lugar". Assim era feita a distribuição dos trabalhos, conta Laet Maraia de Almeida, hoje vice-presidente da Bela Vista, filho do português Joaquim Maria de Almeida.
Os furgões verdes ultrapassaram as fronteiras de São Paulo e foram conquistando freguesia em outros Estados. Na década de 1960, os produtos Bela Vista já estavam em todos os Estados brasileiros.
A frota de automóveis verdes funcionou até por volta da década de 1980.
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