Período de exibição: 06/03/1982 a 02/07/1988
Horário: sábados, às 16h
Com apresentação de José Abelardo Barbosa Medeiros, o Chacrinha, o Cassino do Chacrinha era um programa de auditório com atrações musicais e show de calouros . A direção era de José Aurélio “Leleco” Barbosa, filho do apresentador, e de Helmar Sérgio. O apresentador comandava o programa de duas horas que manteve a aparente anarquia dos anteriores - Discoteca do Chacrinha (1967) e a Buzina do Chacrinha (1967). Alguns elementos como uma edição rápida, cameraman aparecendo no vídeo, assistentes fantasiados, chuva de confete, plateia animada e movimentação intensa de artistas e "chacretes" no palco , ajudavam a dar o tom da atração. Embora em menor número, o Cassino do Chacrinha também promovia concursos, como o que elegeu a criança mais bonita de 1982. Manteve-se também o Concurso das Buzinadas.
O Cassino do Chacrinha era gravado no Teatro Fênix, no Rio de Janeiro. O nome fazia homenagem ao primeiro grande sucesso radiofônico de Chacrinha, cerca de 30 anos antes, na Rádio Tupi. Todo sábado, o velho guerreiro entrava no palco ao som de “Abelardo Barbosa, está com tudo e não está prosa”. Ladeado por suas sensuais “chacretes”, vestido com um dos seus figurinos extravagantes e coloridos, o apresentador animava o público com seu gestual e seus bordões, além de distribuição de bacalhau e abacaxi. Chacrinha também brincava com a plateia perguntando: “quem vai querer o pepino do Nuno Leal Maia?”; a “mandioca da Maria Betânia?” ; ou a “banana do Chico Anysio?”. A cada programa, um improviso. Mestre da comunicação popular, Chacrinha chamava: “Terezinha!”, e o auditório respondia: “Uh-uh!”. Muitas de suas frases, repetidas entre uma buzinada e o anúncio da próxima atração, marcaram época e fizeram história na televisão: “Quem não comunica se trumbica”; “Eu vim para confundir, não para explicar”; “Na TV nada se cria, tudo se copia”.
A cada semana, até dez calouros se apresentavam no programa, sendo julgados por atores do elenco da TV Globo como Tarcísio Meira, Glória Menezes, Mario Gomes e Vera Fischer, entre outros. A atriz Elke Maravilha e o radialista Edson Santana, rei momo do carnaval na época e algoz dos calouros, participavam como jurados fixos. Os vencedores recebiam prêmios em dinheiro. Além dos calouros e dos concursos, cinco ou seis atrações musicais animavam o auditório. O Cassino do Chacrinha lançou diversos cantores e cantoras e ajudou a impulsionar a carreira de outros tantos. O primeiro programa da volta do apresentador à Rede Globo começou mostrando uma caravana com Chacrinha, as chacretes, palhaços, pernas de paus, malabaristas e motoqueiros pelas ruas da cidade. Logo em seguida, aparece o apresentador entrando no palco.
Os jurados da estreia foram: Costinha, Elke Maravilha, Tarsício Meira, Glória Menezes, Maitê Proença, Elizabeth Savala, Mário Gomes e o maestro e Rei Momo Edson Santana. Chacrinha tinha o costume de criar “títulos” que enalteciam suas atrações musicais. O primeiro a se apresentar no programa foi o “rei do Ceará” Fagner. Também estiveram na estreia “a maior cantora da América Latina” Joana, “o menor cantor do Brasil, o internacional” Ned Nelson, “o rei do samba” Jorge Ben Jor, “o rei do carnaval” Moraes Moreira e finalmente “sua majestade o Rei” Roberto Carlos.
Ao longo da atração, o apresentador chamava uma de suas chacretes e pedia que os câmeras dessem “zoom” na bailarina. Rita Cadilac, Estrela Dalva, Áurea Figueredo, Cleópatra, Cláudia Paraguay e Gracinha foram algumas que demonstraram suas habilidades para as lentes do Cassino. Alguns calouros mostraram seus dotes durante a atração e a maioria levou um buzinaço do apresentador e o “troféu abacaxi”. Apenas dois demonstraram talento e foram julgados pelos jurados. O ex-rei momo Edson Santana foi o único que, como de costume, desaprovou os finalistas e foi vaiado pela plateia. A vencedora foi a caloura Monalisa, que ganhou 50 mil cruzeiros. Durante todo o programa de estreia, Chacrinha puxava marchinhas de carnaval e brincava com a plateia e com os jurados. O ator Tarsício Meira, que interpretou João Coragem na primeira versão de Irmãos Coragem (1970), foi um dos alvos dos deboches do velho guerreiro. “Quem foi que roubou o brilhante? Daqui a pouco o Tarcísio vai contar”, dizia rindo Chacrinha se referindo ao grande mistério da trama de Irmãos Coragem.
O assistente de palco Russo e uma das chacretes jogaram biscoito, farinha, bacalhau, banana e melancia para a plateia. As frutas também foram oferecidas aos jurados. Em 1987, o apresentador comemorou seus 70 anos no programa. Com problemas de saúde, Chacrinha chegou a ser substituído, a partir do dia 11 de junho de 1988, pelo humorista João Kleber. Antes do fim do mês, porém, Chacrinha já voltava ao comando do programa, compartilhando a apresentação com o mesmo João Kléber. O "Velho Guerreiro" morreu no dia 30 de junho de 1988, vitimado por um câncer no pulmão. O último Cassino do Chacrinha, que foi levado ao ar no dia 2 de julho de 1988, sábado seguinte a sua morte, tinha sido gravado 15 dias antes do falecimento do apresentador. Entre as atrações, Roberto Leal, Jair Rodrigues, RPM, Evandro Mesquita, Paralamas do Sucesso e Capital Inicial. As atrizes Suzana Vieira, Elke Maravilha e Monique Evans participaram como juradas.
PRODUÇÃO
A liberdade com que os cameraman atuavam no programa era uma das características da atração. As cinco câmeras, sendo quatro fixas em tripé móvel e uma portátil, andavam por todo o palco, apareciam nas imagens e funcionavam como personagens. Entre produtores, contra-regras e maquinistas, 30 pessoas integravam a equipe mobilizada pelo programa. Associado ao estilo de improvisação do apresentador, o cenário de Mário Monteiro passava por modificações toda semana. O Cassino do Chacrinha atraía, semanalmente, centenas de pessoas interessadas em acompanhar as gravações e ver de perto seus ídolos. A disputa por um lugar no auditório era grande, e filas enormes se formavam na porta do Teatro Fênix, horas antes do início da gravação. A produção priorizava a audiência feminina, e os homens só entravam se sobrasse espaço.
CURIOSIDADES O nome Chacrinha surgiu nos anos 1940. Na época, o comunicador era locutor da Rádio Clube Niterói e fazia seus programas em uma chácara em Niterói, no Rio de Janeiro. Abelardo Barbosa passou a ser conhecido como "Chacrinha" e assumiu o apelido como nome artístico. Chacrinha sofria de cólicas antes das atrações. Para amenizar o problema, ele passou a gravar os programas. No entanto, a gravação não era interrompida, ou melhor, não havia edição. O comunicador lançou diversos artistas, inclusive o movimento da Tropicália. O bordão "Terezinha, uh-uh!" surgiu de uma propaganda de água sanitária. Desde que começou a carreira como locutor nas rádios, Chacrinha buscava o apoio de anunciantes para seus programas. Com problemas de saúde, Chacrinha foi temporariamente substituído, a partir do dia 11 de junho de 1988, por João Klébler. Antes do fim do mês, porém, Chacrinha voltou ao programa e compartilhou a apresentação com o humorista até o último Cassino do Chacrinha, que foi ao ar em 2 de julho de 1988. O programa foi gravado. O "Velho Guerreiro" morreu de câncer no pulmão em 30 de junho de 1988.
FONTE:http://memoriaglobo.globo.com/programas/entretenimento/auditorio-e-variedades/cassino-do-chacrinha/formato.htm
CASSINO DO CHACRINHA 1982
Cassino do Chacrinha 28/08/1982 (Completo) TV Globo
Cassino do Chacrinha 16/11/1985 (Completo) TV Globo
Com apresentação de José Abelardo Barbosa Medeiros, o Chacrinha, o Cassino do Chacrinha era um programa de auditório com atrações musicais e show de calouros . A direção era de José Aurélio “Leleco” Barbosa, filho do apresentador, e de Helmar Sérgio. O apresentador comandava o programa de duas horas que manteve a aparente anarquia dos anteriores - Discoteca do Chacrinha (1967) e a Buzina do Chacrinha (1967). Alguns elementos como uma edição rápida, cameraman aparecendo no vídeo, assistentes fantasiados, chuva de confete, plateia animada e movimentação intensa de artistas e "chacretes" no palco , ajudavam a dar o tom da atração. Embora em menor número, o Cassino do Chacrinha também promovia concursos, como o que elegeu a criança mais bonita de 1982. Manteve-se também o Concurso das Buzinadas.
O Cassino do Chacrinha era gravado no Teatro Fênix, no Rio de Janeiro. O nome fazia homenagem ao primeiro grande sucesso radiofônico de Chacrinha, cerca de 30 anos antes, na Rádio Tupi. Todo sábado, o velho guerreiro entrava no palco ao som de “Abelardo Barbosa, está com tudo e não está prosa”. Ladeado por suas sensuais “chacretes”, vestido com um dos seus figurinos extravagantes e coloridos, o apresentador animava o público com seu gestual e seus bordões, além de distribuição de bacalhau e abacaxi. Chacrinha também brincava com a plateia perguntando: “quem vai querer o pepino do Nuno Leal Maia?”; a “mandioca da Maria Betânia?” ; ou a “banana do Chico Anysio?”. A cada programa, um improviso. Mestre da comunicação popular, Chacrinha chamava: “Terezinha!”, e o auditório respondia: “Uh-uh!”. Muitas de suas frases, repetidas entre uma buzinada e o anúncio da próxima atração, marcaram época e fizeram história na televisão: “Quem não comunica se trumbica”; “Eu vim para confundir, não para explicar”; “Na TV nada se cria, tudo se copia”.
A cada semana, até dez calouros se apresentavam no programa, sendo julgados por atores do elenco da TV Globo como Tarcísio Meira, Glória Menezes, Mario Gomes e Vera Fischer, entre outros. A atriz Elke Maravilha e o radialista Edson Santana, rei momo do carnaval na época e algoz dos calouros, participavam como jurados fixos. Os vencedores recebiam prêmios em dinheiro. Além dos calouros e dos concursos, cinco ou seis atrações musicais animavam o auditório. O Cassino do Chacrinha lançou diversos cantores e cantoras e ajudou a impulsionar a carreira de outros tantos. O primeiro programa da volta do apresentador à Rede Globo começou mostrando uma caravana com Chacrinha, as chacretes, palhaços, pernas de paus, malabaristas e motoqueiros pelas ruas da cidade. Logo em seguida, aparece o apresentador entrando no palco.
Os jurados da estreia foram: Costinha, Elke Maravilha, Tarsício Meira, Glória Menezes, Maitê Proença, Elizabeth Savala, Mário Gomes e o maestro e Rei Momo Edson Santana. Chacrinha tinha o costume de criar “títulos” que enalteciam suas atrações musicais. O primeiro a se apresentar no programa foi o “rei do Ceará” Fagner. Também estiveram na estreia “a maior cantora da América Latina” Joana, “o menor cantor do Brasil, o internacional” Ned Nelson, “o rei do samba” Jorge Ben Jor, “o rei do carnaval” Moraes Moreira e finalmente “sua majestade o Rei” Roberto Carlos.
Ao longo da atração, o apresentador chamava uma de suas chacretes e pedia que os câmeras dessem “zoom” na bailarina. Rita Cadilac, Estrela Dalva, Áurea Figueredo, Cleópatra, Cláudia Paraguay e Gracinha foram algumas que demonstraram suas habilidades para as lentes do Cassino. Alguns calouros mostraram seus dotes durante a atração e a maioria levou um buzinaço do apresentador e o “troféu abacaxi”. Apenas dois demonstraram talento e foram julgados pelos jurados. O ex-rei momo Edson Santana foi o único que, como de costume, desaprovou os finalistas e foi vaiado pela plateia. A vencedora foi a caloura Monalisa, que ganhou 50 mil cruzeiros. Durante todo o programa de estreia, Chacrinha puxava marchinhas de carnaval e brincava com a plateia e com os jurados. O ator Tarsício Meira, que interpretou João Coragem na primeira versão de Irmãos Coragem (1970), foi um dos alvos dos deboches do velho guerreiro. “Quem foi que roubou o brilhante? Daqui a pouco o Tarcísio vai contar”, dizia rindo Chacrinha se referindo ao grande mistério da trama de Irmãos Coragem.
O assistente de palco Russo e uma das chacretes jogaram biscoito, farinha, bacalhau, banana e melancia para a plateia. As frutas também foram oferecidas aos jurados. Em 1987, o apresentador comemorou seus 70 anos no programa. Com problemas de saúde, Chacrinha chegou a ser substituído, a partir do dia 11 de junho de 1988, pelo humorista João Kleber. Antes do fim do mês, porém, Chacrinha já voltava ao comando do programa, compartilhando a apresentação com o mesmo João Kléber. O "Velho Guerreiro" morreu no dia 30 de junho de 1988, vitimado por um câncer no pulmão. O último Cassino do Chacrinha, que foi levado ao ar no dia 2 de julho de 1988, sábado seguinte a sua morte, tinha sido gravado 15 dias antes do falecimento do apresentador. Entre as atrações, Roberto Leal, Jair Rodrigues, RPM, Evandro Mesquita, Paralamas do Sucesso e Capital Inicial. As atrizes Suzana Vieira, Elke Maravilha e Monique Evans participaram como juradas.
PRODUÇÃO
A liberdade com que os cameraman atuavam no programa era uma das características da atração. As cinco câmeras, sendo quatro fixas em tripé móvel e uma portátil, andavam por todo o palco, apareciam nas imagens e funcionavam como personagens. Entre produtores, contra-regras e maquinistas, 30 pessoas integravam a equipe mobilizada pelo programa. Associado ao estilo de improvisação do apresentador, o cenário de Mário Monteiro passava por modificações toda semana. O Cassino do Chacrinha atraía, semanalmente, centenas de pessoas interessadas em acompanhar as gravações e ver de perto seus ídolos. A disputa por um lugar no auditório era grande, e filas enormes se formavam na porta do Teatro Fênix, horas antes do início da gravação. A produção priorizava a audiência feminina, e os homens só entravam se sobrasse espaço.
CURIOSIDADES O nome Chacrinha surgiu nos anos 1940. Na época, o comunicador era locutor da Rádio Clube Niterói e fazia seus programas em uma chácara em Niterói, no Rio de Janeiro. Abelardo Barbosa passou a ser conhecido como "Chacrinha" e assumiu o apelido como nome artístico. Chacrinha sofria de cólicas antes das atrações. Para amenizar o problema, ele passou a gravar os programas. No entanto, a gravação não era interrompida, ou melhor, não havia edição. O comunicador lançou diversos artistas, inclusive o movimento da Tropicália. O bordão "Terezinha, uh-uh!" surgiu de uma propaganda de água sanitária. Desde que começou a carreira como locutor nas rádios, Chacrinha buscava o apoio de anunciantes para seus programas. Com problemas de saúde, Chacrinha foi temporariamente substituído, a partir do dia 11 de junho de 1988, por João Klébler. Antes do fim do mês, porém, Chacrinha voltou ao programa e compartilhou a apresentação com o humorista até o último Cassino do Chacrinha, que foi ao ar em 2 de julho de 1988. O programa foi gravado. O "Velho Guerreiro" morreu de câncer no pulmão em 30 de junho de 1988.
FONTE:http://memoriaglobo.globo.com/programas/entretenimento/auditorio-e-variedades/cassino-do-chacrinha/formato.htm
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